“Ora, o traidor tinha-lhes dado esta senha: Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei-o e levai-o com segurança. E, logo que chegou, aproximou-se, disse-lhe: Mestre! E o beijou”
Marcos 14.44.45 Vida (Almeida Revista e Atualizada)
Um amigo me contava que um tempo atrás se deparou com um grande dilema: Ou fazia o financiamento de um apartamento ou iniciava o curso superior. Conversando e orando com sua esposa, chegaram à conclusão que primeiramente deveriam investir em sua formação acadêmica. O resultado disso é que ainda no primeiro semestre ele conseguiu um emprego na área do curso que houvera iniciado. Também ganhou um aumento de salário e suas perspectivas se alargam consideravelmente. Percebe? Por terem sido fieis a orientação do Senhor, o sonho daquela casa própria provavelmente ainda seria uma possibilidade.
Contei essa história para ilustrar a dificuldade que normalmente temos para tomar decisões. Dificilmente conseguimos prever com convicção a certeza dos resultados. Para mim, o grande problema é que muitas vezes somos enganados pelas aparências e nos precipitamos nas escolhas. De alguma forma o Senhor tem influência nas suas decisões? Ou somente para os casos “caóticos” é que você recorre a Essa Alternativa?
Jesus, aflito pelo que se seguiria, vê Judas, seu discípulo e “amigo”, se aproximando e o cumprimentando com um beijo! Mas por que Judas O beijou? O beijo era uma saudação tradicional. O discípulo costumava saudar o mestre com um beijo na face ou na barba em sinal de respeito e de submissão. Era a pessoa menos importante que tomava a iniciativa do beijo. Traição com um gesto bem irônico não é mesmo?
Dificilmente veríamos perigo neste cumprimento, mas o discernimento de Jesus não foi o que eu ou você certamente teríamos! Judas usou para trair algo que “serve para honrar”! A simples interpretação do gesto poderia levar a outra conclusão. Consegue notar o perigo das aparências?
A falta de comunhão com Deus pode nos tornar insensíveis e com facilidade podemos ser enganados pelos “beijos” da tentação. Jesus orava incessantemente buscando intimidade com Deus, foi assim que pôde discernir o “traidor”. É certo que Jesus não teve opção naquele momento, apesar de discernir os fatos, mas é inegável sua convicção de que Deus estava com Ele, “ainda que no vale da sombra da morte”. É esse discernir que nos convence que não estamos sós. Qual é a convicção que pauta as suas decisões? Ou só há incertezas no seu coração? Saiba que é o andar com Cristo que lhe tornará mais atento às ciladas do Inimigo. Cuidado para não estar só no dia do “beijo” da sedução. Pense nisto.