sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Faça o Amor Funcionar no seu Casamento

Muitos casais não sabem o que esperar do casamento porque não têm idéia do que virá a
seguir. Eles têm um sentimento de pânico, ou mesmo de ruína, quando o relacionamento
muda. Para entender os estágios do casamento e estabelecer metas para o estágio final,
os cônjuges podem trabalhar nos estágios difíceis e encontrar realização e alegria um no
outro.

Os estágios do casamento:

Estágio do Amor Romântico.

Este estágio é altamente emocional e cheio de projeções positivas. Um quer ver o
outro todo tempo, e se vêem como resposta aos problemas um do outro. Seu
“escolhido” não pode errar. Este estágio é ilusório.

Estágio da Luta pelo Poder.

Quando o convívio se torna rotineiro, os cônjuges vêem que o amor tem um lado
negativo. Você passa a perceber que o seu cônjuge intencionalmente não supre
suas necessidades e logo surgem discussões por causa da tampa da pasta de
dentes, finanças e quantas vezes tiveram sexo no último mês. As reações são fortes
neste período e muitas coisas são ditas para magoar e pouco ou quase nada
ajudam na edificação do relacionamento. Cada questão se torna uma luta pelo
poder. Muitos casais ficam neste estágio por anos e anos

Estágio do Despertamento.

Este se dá quando os cônjuges passam a se conhecer exatamente como são. Ao
invés de culpar o outro, a pessoa vê o papel que desempenha dentro dos
problemas conjugais. Você honestamente avalia você mesmo e o seu próprio
comportamento. Este pode ser um estágio assustador para casais. Parece que as
coisas pioram antes de melhorar. Avaliar honestamente a si mesmo, e seu cônjuge,
pode causar desconforto, ansiedade e até medo.

Estágio da Transformação.

Neste estágio as coisas começam a mudar. Os dois começam a usar certas
habilidades e ferramentas para mutuamente se ajudarem numa melhor interação.
Novas idéias sobre seu cônjuge são formadas, sendo estas realistas e
benevolentes. Você se concentra mais no casamento e quer o melhor para o seu
cônjuge e o casamento.

Estágio do Amor Realista.

Esse é o estágio que faz todas as crises terem valido a pena. O casal tem
conhecimento, aceitação, apreciação, e gratidão um pelo outro. Você cria um
ambiente seguro para o compartilhar mútuo ao dar para o seu cônjuge um amor
incondicional.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

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“O CRISTÃO E O RELACIONAMENTO COM A MELHOR IDADE”

>LIÇÃO 10 – 05 DE SETEMBRO DE 2010


TEXTO ÁUREO
“Dar-lhe-ei abundância de dias e lhe mostrarei a minha salvação. ” Sl 91.16.

VERDADE APLICADA
A abundância de dias não pode ser vivida como um problema, mas como um resultado da promessa de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1) Ressaltar a velhice como um período na vida importante como qualquer outro.
2) Mostrar os personagens bíblicos que na velhice serviram a Deus.
3) Ensinar a Igreja a tratar os anciãos com honra, respeito e amor.

GLOSSÁRIO
DESVELO: Grande cuidado, atenção.
GERIATRA: Parte da medicina que trata das doenças dos velhos.
DRÁSTICA: Enérgica



INTRODUÇÃO
Dentro do ciclo da vida, o indivíduo passa por etapas que vai da infância à velhice, a “melhor idade”. E a velhice sendo a última, não pode ser vivida de qualquer modo. A Bíblia traz diversas recomendações e exemplos de pessoas que, na velhice, deram significativa contribuição de superação, vitórias e fidelidade a Deus.

1. A VELHICE NA PERSPECTIVA BÍBLICA
Na perspectiva bíblica, a velhice é um período da vida tão importante quanto qualquer outro. Cada etapa da vida é pautada por seus desafios e produção de frutos. O Salmista diz: “a qual dá o seu fruto na estação própria” (Sl 1.3).

Comente:
1.1 - A bênção da fartura de dias

1.2 - Proporciona sábios conselhos

1.3 - Período de frutificação

...............................................................................................................................................................
2. O IDOSO E OS DRAMAS DA VELHICE
A lei ordinária 10.741 de 01 de outubro de 2003, que dispõe sobre o “Estatuto do Idoso”, surgiu com o propósito de tentar corrigir diversos abusos e agressões contra os idosos na sociedade.

Comente:
2.1 - O drama do descaso e o desrespeito


2.2 - O drama das enfermidades físicas


2.3 - Enfermidades emocionais






3. CELEBRANDO A DEUS NA MELHOR IDADE


Este período “melhor idade” é ideal para celebrar a Deus, pois já cessaram os impulsos da juventude e vencidos os desafios da maturidade; constitui então um período de colheita de tudo que foi plantado na vida.

Comente:
3.1 - Calebe, o entusiasta de Deus

3.2 - Simeão, o perseverante na promessa

3.3 - Ana, a profetisa avivada




4. A IGREJA E SEU RELACIONAMENTO COM A MELHOR IDADE
Chegar à terceira idade não é um problema, mas uma dádiva de Deus. A Igreja precisa estar preparada para atender aos anciãos que alcançaram esta gloriosa fase de vida, e criar meios para que este período seja vivido de forma maravilhosa.



Comente:
4.1 – Integrando o idoso no corpo de Cristo

4.2 - Honrando a biografia

4.3 - Amando sinceramente os anciãos



CONCLUSÃO
Conforme vimos, a velhice é uma etapa importantíssima na vida, tanto quanto qualquer outra ou até pode ser considerada a mais importante por ser a última. Nas Bodas de Caná, o melhor vinho foi servido no final da festa. Aos que já alcançaram esta dádiva glorifiquem a Deus, pois a Bíblia aponta a longevidade como uma recompensa à fidelidade a Deus. Celebre ao Senhor neste período da festa “do vinho bom”, aproveitando seus dias com alegria e temor ao Senhor.



Fontes: Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel
Revista Relacionamento Cristão – Editora Betel - 3º Trimestre 2010 – Lição 10

quinta-feira, 3 de junho de 2010

CORPUS CRISTO

Existe no decorrer do ano, diversas datas que são definidas como feriado, seja, municipal, estadual ou nacional. Geralmente, um feriado sempre é bem vindo; para muitos sinônimo de folga no trabalho e diversão. Mas, há uma questão muito séria que encontra-se por trás de alguns destes feriados, são "dias santos", por conseqüência consagrado há alguma entidade venerada por multidões; estes feriados é uma forma de devotar louvor ou veneração a personagens declarados como "santos" (1Co 10.19,20).
Irmãos queridos somos chamados a uma vida santa (separada) e compromissados com as verdades de Deus que estão expressas de forma clara na Bíblia; o Espírito Santo move e faz-nos ver que é incompatível com a fé verdadeira participar destas consagrações tradicionais em algumas cidades. E, na condição de separados que somos, é sábio declararmos diante das trevas que anulamos em nome de Jesus Cristo, todo poder e autoridade constituída pelos homens às forças espirituais contra nossas vidas. O passo seguinte é procurarmos viver um dia, de muita vigilância e consagração ao Senhor (Mt 26.41), para que não sejamos atingidos pelo inimigo.

Corpus Christi é uma festa ao Corpo de Cristo. É uma data adotada na Igreja Católica, para comemorar a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia, pela mudança da substância do pão e do vinho na de seu corpo e de seu sangue (O Catolicismo declara que a hóstia, torna-se literalmente em Carne e Sangue do Senhor Jesus).
A seguir, veja como iniciou-se esta comemoração:

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XII. A Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. Esta necessidade se aliava ao desejo do homem medieval de "contemplar" as coisas. Surgiu nesta época o costume de elevar a hóstia depois da consagração. Disseminava-se uma controvertida piedade eucarística, chegando ao ponto das pessoas irem à igreja mais "verem" a hóstia do que para participarem efetivamente da eucaristia
A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.
Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, em 1206, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, em 1209, começou a ter ‘visões’,
(que retratavam um disco lunar dentro do qual havia uma parte escura. Isto foi interpretado como sendo uma ausência de uma festa eucarística no calendário litúrgico para agradecer o sacramento da Eucaristia). Com 38 anos, em 1230, confidenciou esse segredo ao arcediago de Liège, que 31 anos depois, por três anos, será o Papa Urbano IV (1261-1264), e tornará mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer.
A ‘Fête Dieu’ começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.
A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270.
O ofício divino, seus hinos, a seqüência ‘Lauda Sion Salvatorem’ são de Santo Tomás de Aquino (1223-1274), que estudou em Colônia com Santo Alberto Magno. Corpus Christi tomou seu caráter universal definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a partir do século XIV, quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.
O Concílio de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da Reforma de Lutero, dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia.
Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’ e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse :‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes.

Os dados históricos foram colhidos em sites Católicos, facilmente encontráveis na rede.

Elias R. de Oliveira

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3) foi assinado na calada de 2009 (aos 21.12 pp.) pelo presidente Lula. O programa atual é requento de dois anteriores que "não pegaram". No Brasil é assim. Muitas leis não prosperam. No contexto e entrelinhas das proposições do programa natimorto, surgiram reações e críticas inevitáveis por parte de muitos segmentos sociais, incluindo a CNBB. A razão da rejeição do documento deve-se à linguagem ambígua, sugerindo tomada de posições equívocas da parte de movimentos sociais e organizações populares.

O governo deve muito aos movimentos e organizações identificadas como bases de sua sustentação. Naturalmente são eles que exercem pressão para a efetivação dos direitos humanos. Ora, quem seria contra a defesa e a promoção dos direitos humanos verdadeiros, autênticos, legítimos, indispensáveis no exercício da democracia participativa? Porém, é preciso distinguir entre direitos legítimos e direitos duvidosos, questionáveis.

Esse questionamento sugere o conhecimento de causa sobre Direitos Humanos e os respectivos deveres dos cidadãos e cidadãs de bem. A cada direito humano vincula-se um dever correspondente. Direito tem quem direito anda! Direitos e deveres incumbem a todos! Repita-se sempre que a defesa e a promoção dos direitos humanos, bem como dos respectivos deveres, são fundamentais para todos os cidadãos e cidadãs.

As legítimas instituições são reconhecidas e valorizadas pela sociedade. Exemplo disso se verificou nas iniciativas da CNBB, da OAB, das Comissões de Justiça e Paz, de representantes de vários segmentos sociais pela ética na política, em torno da Lei 9840, combatendo a corrupção eleitoral (Campanha Ficha limpa). Não se pode aceitar a candidatura de quem comprovadamente pratica atos lesivos ao bem público, surrupiando o erário.

A população reconhece as entidades que defendem e promovem os direitos humanos, através de atividades de inclusão social e que ajudam a formação da opinião exercendo um efetivo controle social. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) é parâmetro e tarefa permanente na efetivação de ações que dignificam a vida dos seres humanos. Essa tarefa é inescusável e incumbe a todos os cidadãos e cidadãs de bem. João Paulo II, no seu discurso à Assembléia Geral das Nações Unidas, definiu a Declaração Universal dos Diretos Humanos (21. 10. 1979) como "uma pedra miliária no caminho do progresso moral da humanidade".

No Compêndio da Doutrina Social da Igreja, n. 153 encontramos preciosa referência: "A fonte última dos direitos humanos não se situa na mera vontade dos seres humanos, na realidade do Estado, nos poderes públicos, mas no próprio ser humano e em Deus seu Criador". Segue-se daí que os direitos humanos são universais, invioláveis e inalienáveis, pois convergem para a dignidade de cada pessoa humana.

A Igreja enfoca o contexto dos direitos humanos na lei natural e na lei positiva, que correspondem aos Mandamentos da Lei de Deus (amar a Deus, amar e servir o próximo). A lei natural defende e promove a vida. A Lei de Deus confirma a lei natural. A lei natural e a lei positiva enfocam a dignidade dos seres humanos, imagem da semelhança de Deus, Criador e Pai. Humanistas e cristãos ativistas da defesa e promoção dos Direitos Humanos alimentam a sua mística na fé e na razão. Não em ideologias!

Entretanto, há grupos de pressão que confundem direitos humanos com desvios de comportamento ético e moral. Eis alguns equívocos absurdos: - aborto provocado seria um "direito" de matar o filho indesejado; - união homoafetiva seria um "direito" equiparado à instituição familiar, com ou sem a adoção de crianças; - profissionalização da prostituição; - combate aos símbolos religiosos em locais públicos, em nome do Estado laico; - ideologização da anistia aos militares pervertida em perseguição; - legitimação de invasões de propriedades produtivas; - combate ao agronegócio. Por aí vai.

Notadamente há graves equívocos no "documento" que deturpam o significado dos verdadeiros DDHH. O agronegócio seria ameaça à agricultura familiar, quando é responsável pelo desenvolvimento sustentável e pelo crescimento do país. A invasão de terras provocaria maior atraso no campo, além de desestabilizar a paz social. O pior mesmo seria instrumentalizar e controlar a liberdade de expressão pela imprensa, como recentemente aconteceu uma censura com o "Estadão" (SP) que pediu apurações de ações comprometedoras envolvendo a família Sarney.

segunda-feira, 15 de março de 2010

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A ESTRUTURA JURÍDICA DO REINO DE DEUS

09 Setembro 2009
A ESTRUTURA JURÍDICA DO REINO DE DEUS - LIÇÃO 11

LIÇÃO 11 – 13 DE SETEMBRO DE 2009
“A ESTRUTURA JURÍDICA DO REINO DE DEUS”

TEXTO ÁUREO
“Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Mt 6.33.

VERDADE APLICADA
Deus providenciou o meio eficaz pelo qual o homem pudesse nascer de novo, com uma nova vontade, capaz de buscar primeiro o Reino de Deus e a sua justiça.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1) Mostrar que as leis e princípios jurídicos do Reino de Deus são todos aplicáveis à Igreja;

2) Ensinar que o Reino dos céus é estruturado sobre leis justas originadas no caráter de Deus;

3) Esclarecer que a era da graça ou era da Igreja não é um período de ausência de lei, de moral e de ética no Reino de Deus.

GLOSSÁRIO
Arauto: Nas monarquias da Idade Média, oficial que fazia as proclamações solenes, conferia títulos de nobreza, transmitia mensagens, anunciava a guerra e proclamava a paz;
Coação: Estado de quem se vê coagido;
Símplice: Elevar pela doce beleza setentrional e modo simples de outrem.






INTRODUÇÃO
Tanto no Antigo como no Novo Testamento aparece a estrutura jurídica do Reino de Deus bem como as regras para se entrar e viver nele.

Jesus, antes de sua morte, anunciou o Evangelho do Reino (Lc 8.1), ensinou sobre a importância de se viver no Reino (Mt 13.44) e, ressurreto, instruiu os discípulos acerca do Reino (At 1:3). Os apóstolos proveram a Igreja de valiosos ensinamentos sobre o Reino. É o que estudaremos nesta lição.

O “Reino de Deus”, equivalente a “Reino dos Céus” e ao “Trono de Deus”, aparece nos Evangelhos 91 vezes. Em Atos dos Apóstolos 9 vezes. Nas epístolas, 26 vezes. Em Apocalipse, 33 vezes. Totalizando 159 referências ao Reino de Deus.

Deste total, 39 (mais de 40%) estão relacionadas a questões jurídicas como princípios, normas, tribunais, advertências, julgamentos, condenações, exaltações e manifestações da reta justiça de Deus. Por estes números concluímos que vale a pena estudar os aspectos jurídicos do Reino de Deus.
1. O REINO DE DEUS NO ANTIGO TESTAMENTO
No Antigo Testamento não aparece a expressão “Reino de Deus”. Mas as características do Rei e do reino, o reconhecimento de que Jeová é o Senhor sobre toda a Terra e profecias de que “naquele dia” todas as nações reconhecerão o domínio e soberania de Deus que aparecem em inúmeras passagens como (Sl 45.6; 1Cr 16.31; Is 32.1-5; Zc 2.11). Os Escritos Antigos falam da realeza de Deus e do seu Reino:

Como realidade política e espiritual para Israel
Por sua soberania, Deus escolheu Israel, entre todas as nações para, a partir dele, estabelecer a sede de seu governo na Terra (Ex 19.5,6).

Desde então Israel passou a ser a expressão terrena do reino de Deus (1Cr 29.11). Por causa da desobediência, Deus interrompeu seu reino sobre Israel (Lm 5.16; Ez 16.59), mas prometeu restabelecê-lo por um descente de Davi que reinará em verdade e retidão (Ez 16.60; Is 9.6-7; Dn 2.44; 7:14).

Como realidade espiritual desconhecida das nações gentílicas
A maioria das nações e reinos, do tempo do Antigo Testamento, não conheciam a Deus como conhecemos hoje, mas eram, mesmo assim, instrumentos da Sua vontade (Is 45.13).

Deus julga povos e nações ímpias que se opõem a Sua reta vontade e ao estabelecimento do seu Reino (Sl 96.13; Mq 4.3; Is 45.23).

Como um direito de Deus sobre o mundo
O Reino de Deus se estende sobre toda a criação, animada e inanimada, racional e irracional, humana e angelical.

No Antigo Testamento o Reino de Deus é visto como um direito do Criador sobre a criatura (Is 45.9). O Senhor criou todas as coisas e governa sobre elas com justiça e retidão (Is 45. 7,8).

Como Criador e Sustentador do mundo sua soberania abrange todas as coisas (Sl 33.4-11). Neste sentido, todos os homens, mesmo os ímpios, são servos do Reino (Jr 25.9; 27.6) e estão a serviço dele (Is 44.28; 45.4).

2. O REINO DE DEUS NOS EVANGELHOS
O Reino de Deus é uma condição, tempo, lugar, pessoa, estado, situação ideal em que tudo e todos se sujeitam ao Senhor e a Sua vontade e na qual Sua autoridade prevalece.

Ainda aguardamos sua plena manifestação. Jesus aponta para vários aspectos importantes em Sua abordagem a respeito do Reino. Destacaremos, entretanto, somente os que se relacionam ao tema deste trimestre:

Os princípios fundamentais do Reino
Ao ensinar os discípulos a orar: “Santificado seja o Teu nome. Venha o Teu Reino. Seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no céu”, Jesus deixa claro que os princípios fundamentais do Reino são santidade, justiça e autoridade.
Estes são princípios incompatíveis com a vontade humana contaminada pelo pecado. Por isto, para que o Reino possa ser estabelecido em toda a sua plenitude, sem ferir esses princípios, o próprio Deus providenciou um meio pelo qual o homem pudesse nascer de novo, com uma nova vontade, capaz de desejar ardente e voluntariamente que “venha o Teu Reino”.

O ingresso no reino
Os arautos do Rei convidam a todos os homens, indiscriminadamente, para que entrem no reino. Ninguém ingressa ou permanece no Reino pela força ou coação (Mt 22. 2-10).

Mas existem condições e características indispensáveis para ver (Jo 3.3), entrar (Lc 18.17; Jo 3.3) e permanecer no Reino do Grande Rei (Mt 22.11-13).

Os empecilhos à entrada ou permanência no Reino
Qualquer coisa que seja contrária à santidade, justiça e a autoridade do Rei constitui obstáculos à entrada no Reino:

“Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo, e os que cometem iniqüidade...”,

“nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus...”

“se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus...”

“qualquer que não receber o Reino de Deus como menino, não entrará nele” (Mt 13.41, 1Co 6.10; Mt 5.20; Lc 18.17).

3. A SUPERIORIDADE DAS LEIS DO REINO DE DEUS
Muitos teólogos, escritores, pastores e pregadores evitam a expressão ‘Leis do Reino’ por receio de serem considerados legalistas.

Porém, toda a criação de Deus possui leis especificas que a organiza, rege e ordena. Por que seria diferente no Reino em que o Criador é o Soberano? Seu reino possui leis em tudo superiores as leis humanas e as naturais.

As Leis do Reino de Deus são superiores quanto à origem
As leis e os princípios que regem o Reino de Deus são superiores porque vêm do próprio Deus.

“Porque Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, logo, todos os seus caminhos justos são; porque Deus é a verdade, não há nele injustiça; justo e reto é” (Dt 32.4).

A justiça do Reino de Deus é uma justiça eterna, e a sua lei é a verdade (Sl 119.142). Do Senhor sairá à lei, e o juízo que fará repousar para a luz dos povos (Is 51.4).



As leis do Reino de Deus são superiores quanto à extensão
Ainda que os governos e reinos humanos editem algumas leis para proteger a natureza, não existe no universo jurídico terreno nenhuma lei capaz, por exemplo, de conter as ondas do mar, mudar os tempos das erupções vulcânicas, ordenarem as estações do ano, etc. Mas as leis do Reino de Deus se estendem a toda a criação. Nada e ninguém podem escapar à legislação do Rei dos reis (Jr 5.22; Jó 38.33; Sl 74.17; Sl 103.19-22; At 17.26).

As leis do Reino de Deus são superiores quanto à eficácia
As leis do Reino de Deus agem com eficiência no interior das pessoas levando-as a produzirem os comportamentos e obras desejadas pelo Supremo Legislador (Ez 36.26,27; Hb 10.16; Gl 5.22), porque “a Lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices” (Sl 19.7).

As leis dos reinos e governos terrenos, por melhores que sejam, somente regulam, reprimem, punem ou recompensam as ações humanas, mas são incapazes de agir sobre a natureza e o caráter, produtores de comportamentos e ações indesejáveis ou incompatíveis com a justiça e a paz, e modificá-los.

4. A LEI DO REINO É A NOVA ALIANÇA
A Antiga Aliança consistia em observar e cumprir um conjunto de regras e mandamentos externos à natureza humana; a Nova Aliança, a qual Paulo chama de “Lei do Espírito de Vida” consiste em nascer de novo com uma nova natureza e um novo coração no qual a Lei de Deus foi escrita. A Nova Aliança liberta da condenação, é radical, é ousada e não admite meio termo e timidez:

A Nova Aliança liberta da condenação
As leis terrenas descriminalizam práticas criminosas que se tornam habituais na sociedade.

A Lei do Reino não prevê a possibilidade de santificar práticas pecaminosas continuadas e generalizadas.

Ela estabelece e possibilita a santificação das pessoas, através de Cristo e a sua oferta de um novo coração. E determina: “nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”.

A Nova Aliança do Reino é radical
Não podemos confundir a era da graça ou era da Igreja com um período de ausência de lei, de moral e de ética no Reino.

Ao contrário, a Nova Aliança foi selada de forma radical com o sangue de Jesus (Lc 22.20). Ela contempla todas as dimensões e aspectos da vida humana (Lc 10.27).

É radical e não admite meio termo: “se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Qualquer que não receber o reino de Deus como menino, não entrará nele (Mt 5.20; Lc 18.17)”.



A Nova Aliança do Reino é ousada
Os filhos de Deus muitas vezes são descritos como pessoas sem perspectivas de uma vida feliz e próspera neste mundo, que tem medo de ousar, de correr riscos, de se libertar de preconceitos e, que por estes motivos, projetam toda a sua esperança num ‘utópico Reino de Deus’.

Mas não é assim. Eles têm outras opções e projetos de vida, muitos até empolgantes e lucrativos, mas com toda a ousadia e coragem trocaram tudo pelo Reino de Deus (Mt 13.44-46).

Eles não são preconceituosos e tímidos. Mas não confundem rejeição ao pecado com preconceito. Eles têm coragem de abraçar a Nova Aliança (AP 21.8) e abrir mão do prazer do pecado pelo gozo do Reino (Cl 3.4,5; Hb 12.1; 1Pe 1.4; 22.15).

CONCLUSÃO
A perfeição e solidez da estrutura jurídica do Reino de Deus que aparecem em toda a criação, que é exaltada em toda a Bíblia, que é ordenada à Igreja e refletida, ainda que toscamente nas estruturas jurídicas temporais, manifestam a santidade, a bondade, a retidão de Deus e a perfeição e grandeza da Sua Justiça (Sl 33.5; 36.6; 84.14).