quarta-feira, 30 de julho de 2008

Ministérios na “unção”

Rodolfo Garcia Montosa

Muito se fala por aí sobre ministérios ungidos. Existem os medidores de plantão que andam com seus “unciômetros” calculando o grau de unção desta ou daquela oração, deste ou daquele culto, desta ou daquela pessoa, deste ou daquele líder.

Sobre esse assunto, algumas verdades precisam ser esclarecidas para ajudar a Igreja a cumprir sua missão.

Em primeiro lugar, é necessário afirmar que a unção do Espírito Santo está sobre todos os que estão em Cristo (1 Jo 2.19, 20). Essa afirmação feita pelo Apóstolo João foi justamente para que a igreja resistisse os falsos mestres e falsos profetas. Essa capacitação especial do Espírito Santo não estava sobre alguns, como esses alguns queriam que os outros cressem. Crendo assim, estes eram dominados por aqueles. Deus não quer ninguém dominando ninguém, daí a razão de distribuir seus dons como lhe apraz (1 Co 12.11, 18).

É para a finalidade de serviço ao próximo que a unção existe (Is 61.1-3; At 10.38) e não para a autopromoção e enriquecimento pessoal. Jesus foi a pessoa mais ungida que andou por essa terra. Toda a unção do Espírito que estava sobre sua vida foi para servir a humanidade. Seus discípulos seguiram o mesmo caminho, entregando suas vidas à morte por amor à comunidade. Se não for para servir, não serve.

A unção é distribuída em medidas diferentes para quem pede (2 Rs 2.9), conforme a vontade do Espírito Santo. Tendo o real interesse de servir, nosso papel é buscar com zelo os melhores dons do Espírito (1 Co 14.1, 39).

Quando toda a igreja entender, buscar e operar na direção Espírito Santo, viveremos a realidade da unção sendo abrangente e eficaz (Is 10.27), quebrando efetivamente todo o jugo, trazendo ensino e maturidade (1 Jo 2.27) ao povo de Deus, através da qual haverá plenitude de alegria (Sl 23.5; Is 61.2; Hb 1.9).

Leia o texto acima somente no que está sublinhado e negritado para obter a síntese.

Vamos, portanto, como líderes, procurar e estimular que todos busquem o poder do Espírito Santo para o exercício das funções no Corpo de Cristo.