sexta-feira, 4 de abril de 2008

Sobrou Um Camelo

Sobrou Um Camelo

Pr. Pedro Liasch Filho
Li de um antigo boletim de escola dominical um caso oriental interessante e curioso.
Tornando-se doente um chefe de família, e sentindo-se próximo da morte, fez o seu testamento de maneira que os seus filhos ficassem contentes.
Passados alguns dias o homem morreu. Os filhos ficaram tristes muito naturalmente, porém se consolaram com o fato de que o velho tinha vivido uma vida longa, útil e honesta. Logo, sem remorsos, poderiam gozar a fortuna que lhes legara o bondoso pai.
Abrindo-se o testamento, notaram que o filho mais velho receberia a metade da fortuna; o segundo filho, o do meio, um terço; e o mais novo, um nono. Ficaram satisfeitos, pois acharam a partilha justa. Só não sabiam que a herança consistia de 17 camelos. Ora, como dividir os bens, sabendo-se que a metade de 17 é 8 ½? Não poderiam matar um camelo e parti-lo ao meio. Isso nada lhes aproveitaria.
Ainda assim, lembraram-se os rapazes de que tinham um tio, que embora pobre, era muito sábio. Resolveram consultá-lo. Chegando à casa do parente, depois de uma longa jornada, contaram-lhe o problema.
Tendo ouvido atentamente o caso, o tio, pensativo, depois de alguns minutos, disse aos sobrinhos que já encontrara uma solução para o problema. Ele possuía um camelo e doaria esse animal aos rapazes, assim, com dezoito camelos poderiam efetuar a partilha sem nenhum problema.
Assim, voltando para casa, os três herdeiros, com o camelo do tio, foi fácil fazer a divisão: metade de dezoito, nove, a herança do filho mais velho; um terço de dezoito, seis, a parte do filho do meio; e um nono de dezoito, dois, quanto coube ao filho menor.
Então veio a surpresa: 9 + 6 + 2 = 17. Sobrou um camelo. Depois de cada um dos herdeiros receber todo satisfeito a sua parte, lá estava inteirinho o animal que tinha resolvido a questão. Assim, voltando à casa do tio, demonstrando afetuosa gratidão, os rapazes com muita alegria devolveram-lhe o camelo.
Quantos problemas mais difíceis que esse poderiam ser resolvidos se estivermos dispostos a ceder alguma coisa.
"Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber". At 20.35.
"Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo". Gl 6.2.
"Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também". Lc 6.38.
"A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado". Pv 11.25.
Nota do Editor: Adaptado do original de Malba Tahan

Pr. Pedro Liasch Filho
Li de um antigo boletim de escola dominical um caso oriental interessante e curioso.
Tornando-se doente um chefe de família, e sentindo-se próximo da morte, fez o seu testamento de maneira que os seus filhos ficassem contentes.
Passados alguns dias o homem morreu. Os filhos ficaram tristes muito naturalmente, porém se consolaram com o fato de que o velho tinha vivido uma vida longa, útil e honesta. Logo, sem remorsos, poderiam gozar a fortuna que lhes legara o bondoso pai.
Abrindo-se o testamento, notaram que o filho mais velho receberia a metade da fortuna; o segundo filho, o do meio, um terço; e o mais novo, um nono. Ficaram satisfeitos, pois acharam a partilha justa. Só não sabiam que a herança consistia de 17 camelos. Ora, como dividir os bens, sabendo-se que a metade de 17 é 8 ½? Não poderiam matar um camelo e parti-lo ao meio. Isso nada lhes aproveitaria.
Ainda assim, lembraram-se os rapazes de que tinham um tio, que embora pobre, era muito sábio. Resolveram consultá-lo. Chegando à casa do parente, depois de uma longa jornada, contaram-lhe o problema.
Tendo ouvido atentamente o caso, o tio, pensativo, depois de alguns minutos, disse aos sobrinhos que já encontrara uma solução para o problema. Ele possuía um camelo e doaria esse animal aos rapazes, assim, com dezoito camelos poderiam efetuar a partilha sem nenhum problema.
Assim, voltando para casa, os três herdeiros, com o camelo do tio, foi fácil fazer a divisão: metade de dezoito, nove, a herança do filho mais velho; um terço de dezoito, seis, a parte do filho do meio; e um nono de dezoito, dois, quanto coube ao filho menor.
Então veio a surpresa: 9 + 6 + 2 = 17. Sobrou um camelo. Depois de cada um dos herdeiros receber todo satisfeito a sua parte, lá estava inteirinho o animal que tinha resolvido a questão. Assim, voltando à casa do tio, demonstrando afetuosa gratidão, os rapazes com muita alegria devolveram-lhe o camelo.
Quantos problemas mais difíceis que esse poderiam ser resolvidos se estivermos dispostos a ceder alguma coisa.
"Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber". At 20.35.
"Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo". Gl 6.2.
"Dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante, generosamente vos darão; porque com a medida com que tiverdes medido vos medirão também". Lc 6.38.
"A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado". Pv 11.25.
Nota do Editor: Adaptado do original de Malba Tahan

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